28 novembro 2005

Salve o Corinthians (ainda que roubando...)

Mesmo sendo corinthiano, não costumo dedicar 90 preciosos minutos do meu tempo para assistir a uma partida de futebol inteira na TV (no estádio, então, acho que a última vez foi em 1979...). Mas acompanho mais ou menos o noticiário. Sobre o Campeonato Brasileiro que está pra terminar, só digo duas coisas:

1. Com a roubalheira do PT no governo eu até que já me conformei. Mas agora até o Corinthians!!?? Não dá pra ficar feliz com um título (se sair) ganho com tanta ajuda dos juízes, seja no gramado ou no tribunal.

2. Ainda assim, o 7 a 1 no Santos valeu mais do que qualquer campeonato.

22 novembro 2005

Sem patrocínio, sem posts...

Peço desculpas aos meus dois leitores conhecidos (e aos desconhecidos também, se houver) que eventualmente têm vindo a este blog e não acham um só post recente. "Mas esse cara não atualiza mais esse treco?", devem pensar.
É que venho dedicando minhas escassas horas livres à seleção e edição das canções que gravei em outubro. Dá um trabalho do cão: algumas músicas foram gravadas 4 ou 5 vezes; tenho de ouvir tudo em detalhes, escolher os melhores trechos, corta daqui, emenda de lá... Quando terminar, vou colocar os MP3 na Trama Virtual.

Eu (também) e Mr. Johnson

Leio no Arturo Bandini sobre o disco que Eric Clapton fez recentemente com canções de Robert Johnson. Bem, tem algo também rolando entre eu e Mr. Johnson. Ouvia muito há uns 15 anos, mas depois enveredei pela MPB e já tinha até esquecido dele. Mas recentemente venho trombando com o velho blueseiro pelo caminho. Acompanhe:

1. Lendo o "Crônicas", me surpreendo com uma bela descrição de como o Robert Johnson influenciou o Bob Dylan no início da carreira. Falei sobre isso neste blog, há algumas semanas.

2. Ontem, ao chegar do trabalho, encontro o LP "King of Delta Blues Singers" no chão, bem perto da porta. Obra do pequeno Capi (tal como a irmã fazia, ele adora brincar com a coleção de vinis do papai).

3. Antes de dormir, leio o texto da capa. O LP, duplo, reúne as únicas 32 gravações originais do Robert Johnson, feitas direto só com violão e voz, em três sessões de estúdio entre 1936 e 1937. Há um mês, inspirado no livro do Dylan, passei três tardes em um estúdio para gravar todas as minhas 24 canções, também só com violão e voz.

06 novembro 2005

Duas surpresas

Volto para casa após 11 dias viajando. Encontro duas surpresas. A primeira, desagradável, é ligar a TV e saber que o "Não" ganhou o referendo sobre a proibição da venda de armas. A segunda surpresa, agradável, é abrir a geladeira e encontrar uma cerveja.

Solitária, a latinha parecia dizer: ""Oi Capi, bem-vindo de volta".

Do baú

Férias na casa dos sogros. Roupas secando ao sol, criançada correndo no quintal, desligo o rádio para ouvir melhor os passarinhos. A vida é boa.

Zanzando pela casa, encontro uma caixa de papelão cheia de coisas velhas, provavéis candidatas ao lixo. Atrevido, começo a revirar: apostilas de escola, fitas de VHS, agendas antigas e... livros! Encontro "São Bernardo", que devoro em dois dias. Nunca havia lido um Graciliano Ramos inteiro, só trechos na época do colégio. Texto seco e direto. Herdeiro de Machado de Assis, tem um bom humor sutil no meio da amargura geral da história. Muito bom.

Acho também "Clarissa", do Érico Veríssimo. Começo a ler lá, trago para terminar em casa. Ainda não é "O Tempo e o Vento", mas já se desenha um grande escritor.

Curiosidade: os dois livros foram escritos na década de 30, época em que se passam as histórias. O primeiro, em uma fazenda em Alagoas; o segundo, numa pensão em Porto Alegre. Mas os personagens, situações e conflitos que ali aparecem continuam valendo para qualquer época e lugar do mundo. Isso é rte.