Meus 12 anos e o Abbey Road
Escrevi aqui uma vez que as escolas acabam por afastar os jovens da boa leitura ao obrigá-los a ler coisas inadequadas para sua idade. A mesma coisa acontece com as aulas de catecismo. Aos 12 anos ninguém está interessado em aprender verdades metafísicas. E a cartilha dos padres, ao pé da letra, já não convence a geração da internet (não convencia nem a minha, que é a geração da TV).
Aos 12 anos, eu estava começando a ouvir os Beatles, estimulado pelo circo de mídia armado em torno da morte de John Lennon. Adorava (adoro) Imagine, Woman e outras só de Lennon, além de Help, Love Me Do, Yesterday e toda a fase inicial do quarteto.
Foi quando um vizinho, mais velho, me emprestou o Abbey Road, dizendo ser o melhor de todos. Fui ouvir ansioso, mas... decepção! Tirando as duas do George Harrison (a romântica Something e a alegre Here Comes the Sun) achei o disco um lixo. Não entendi nada, aquelas guitarras distorcendo, uns sons estranhos. Devolvi o disco e guardei na cabeça que Abbey Road era um trabalho dos Beatles decadentes, já perto do fim.
Passou o tempo. Na adolescência conheci Rolling Stones, Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath, Rush, Yes, B.B. King, Pink Floyd. Aprendendo a tocar guitarra, aprimorei meu ouvido para timbres, melodias e letras de rock e blues.
Já na faculdade, caiu na minha mão novamente o Abbey Road. Nem quis ouvir, porque tinha na lembrança que era muito ruim. Mas botei pra rodar e ... delirei! Tinha Come Together, Oh Darling, I Want You e outros rocks de primeira, além da seqüência de canções emendadas no lado 2 (era o tempo do LP), depois de Sun King. Chapante!
Até hoje, ouço o Abbey Road sempre que posso. Pra mim, é o melhor disco dos Beatles e um dos melhores trabalhos de toda a história da música, pelo menos desde que inventaram a gravação sonora.
Moral da história? Bem, às vezes a gente tem que deixar de lado as impressões de quando tinha 12 anos e tentar rever as coisas com olhos mais experientes.
Aos 12 anos, eu estava começando a ouvir os Beatles, estimulado pelo circo de mídia armado em torno da morte de John Lennon. Adorava (adoro) Imagine, Woman e outras só de Lennon, além de Help, Love Me Do, Yesterday e toda a fase inicial do quarteto.
Foi quando um vizinho, mais velho, me emprestou o Abbey Road, dizendo ser o melhor de todos. Fui ouvir ansioso, mas... decepção! Tirando as duas do George Harrison (a romântica Something e a alegre Here Comes the Sun) achei o disco um lixo. Não entendi nada, aquelas guitarras distorcendo, uns sons estranhos. Devolvi o disco e guardei na cabeça que Abbey Road era um trabalho dos Beatles decadentes, já perto do fim.
Passou o tempo. Na adolescência conheci Rolling Stones, Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath, Rush, Yes, B.B. King, Pink Floyd. Aprendendo a tocar guitarra, aprimorei meu ouvido para timbres, melodias e letras de rock e blues.
Já na faculdade, caiu na minha mão novamente o Abbey Road. Nem quis ouvir, porque tinha na lembrança que era muito ruim. Mas botei pra rodar e ... delirei! Tinha Come Together, Oh Darling, I Want You e outros rocks de primeira, além da seqüência de canções emendadas no lado 2 (era o tempo do LP), depois de Sun King. Chapante!
Até hoje, ouço o Abbey Road sempre que posso. Pra mim, é o melhor disco dos Beatles e um dos melhores trabalhos de toda a história da música, pelo menos desde que inventaram a gravação sonora.
Moral da história? Bem, às vezes a gente tem que deixar de lado as impressões de quando tinha 12 anos e tentar rever as coisas com olhos mais experientes.