O espírito de Natal mora na rua Álvaro Alvim
Aqui em Santos tem uma rua chamada Álvaro Alvim. Lugar sossegado, com belos sobrados de classe média. Há uns dois ou três anos, alguns moradores resolveram caprichar um pouco mais na decoração de Natal. Além das luzes coloridas, montaram presépios na garagem e colocaram bonecos de Papai Noel. Resultado: nas noites de dezembro a rua lota, com famílias inteiras admirando as casas como se fossem atrações turísticas.
Noite dessas levei as crianças para olhar. Adoraram. A pequena falou:
- Pai, o Natal é a época que eu mais gosto. Fica tudo tão bonito...
E o pequeno:
- Óia o papá-oéél... Ti líndu...
Nesse dia não descemos do carro, mas notei que numa das casas alguém vestido de Papai Noel conversava e tirava fotos com as crianças. Depois, soube que era um dos moradores das casas enfeitadas.
Na noite de 25, fomos lá de novo. Muito calor, paramos o carro e continuamos a pé. Muita gente em frente às casas, tirando fotos. Paramos diante da casa mais bonita, onde um boneco de Papai Noel em tamanho natural dançava na garagem conforme as pessoas batiam palma ou gritavam. Falei à Sra. Capi:
- É preciso ter um espírito muito bom para isso. Quem mora numa dessas casas perde toda a tranquilidade, com esse bando de gente no portão.
Nisso, saiu da casa uma menina, com feições orientais (é incorreto dizer "japonesa"?) e aparentando uns dez anos de idade. Armou duas cadeiras de praia bem rente ao portão, do lado de dentro, e sentou. Veio então uma mulher que devia ser a mãe da menina. Tinha cerca de trinta anos e andava apoiada em uma muleta. Abriu os portões, convidou todos a entrar e sentou-se, pacientemente, enquanto as pessoas tiravam fotos ao lado do Papai Noel dançarino. A dona da casa apenas olhava, sorrindo.
Saímos de lá comovidos, imaginando o que teria levado aquela mulher a gastar um dinheirão para enfeitar sua casa no Natal somente para abri-la a estranhos. Não me atrevi a perguntar, mas estou certo de que daria uma bela história.
E antes que eu me esqueça: Feliz Natal e um grande 2007 a todos os que lêem este blog. E aos que não lêem também.
Noite dessas levei as crianças para olhar. Adoraram. A pequena falou:
- Pai, o Natal é a época que eu mais gosto. Fica tudo tão bonito...
E o pequeno:
- Óia o papá-oéél... Ti líndu...
Nesse dia não descemos do carro, mas notei que numa das casas alguém vestido de Papai Noel conversava e tirava fotos com as crianças. Depois, soube que era um dos moradores das casas enfeitadas.
Na noite de 25, fomos lá de novo. Muito calor, paramos o carro e continuamos a pé. Muita gente em frente às casas, tirando fotos. Paramos diante da casa mais bonita, onde um boneco de Papai Noel em tamanho natural dançava na garagem conforme as pessoas batiam palma ou gritavam. Falei à Sra. Capi:
- É preciso ter um espírito muito bom para isso. Quem mora numa dessas casas perde toda a tranquilidade, com esse bando de gente no portão.
Nisso, saiu da casa uma menina, com feições orientais (é incorreto dizer "japonesa"?) e aparentando uns dez anos de idade. Armou duas cadeiras de praia bem rente ao portão, do lado de dentro, e sentou. Veio então uma mulher que devia ser a mãe da menina. Tinha cerca de trinta anos e andava apoiada em uma muleta. Abriu os portões, convidou todos a entrar e sentou-se, pacientemente, enquanto as pessoas tiravam fotos ao lado do Papai Noel dançarino. A dona da casa apenas olhava, sorrindo.
Saímos de lá comovidos, imaginando o que teria levado aquela mulher a gastar um dinheirão para enfeitar sua casa no Natal somente para abri-la a estranhos. Não me atrevi a perguntar, mas estou certo de que daria uma bela história.
E antes que eu me esqueça: Feliz Natal e um grande 2007 a todos os que lêem este blog. E aos que não lêem também.