Com patrocínio

Por dever profissional, passei algumas horas da tarde fuçando no site do programa de patrocínios culturais da Petrobras. Pois um dos projetos patrocinados pela hiperestatal é o Overmundo, um site que tem por objetivo, nas palavras da empresa, "difundir as manifestações culturais que não estão devidamente presentes na cobertura da mídia tradicional (...) envolvendo os mais diversos campos artísticos".

Pelo que entendi, qualquer um pode se cadastrar como colaborador e mandar para o site notícias sobre eventos culturais alternativos que aconteçam em sua cidade. Não tive tempo de olhar em detalhes, mas achei a idéia interessante. Vale a pena: http://www.overmundo.com.br/

Tomara que eu esteja errado

Já estava meio cansado do velho rock'n'roll em 1995, mas mesmo assim fui ver o show dos Rolling Stones no Pacaembu. Não me arrependi: é diversão de primeira, desde que a gente não leve a coisa toda muito a sério. Como não acredito que a banda tenha mudado muito nesses 11 anos (como, de fato, não mudou nos 30 e poucos anos anteriores), ver os Stones ao vivo ainda deve ser uma boa pedida.

Mas nem que me pagassem iria ao show gratuito na praia de Copacabana. Não quero ser ave de mau agouro, mas isso tem tudo pra dar errado: um milhão de pessoas espremidas em um espaço relativamente pequeno, incluindo gente de todo o canto, turistas, moradores da zona sul, zona norte, favelas... Por mais se monte esquemas e mais esquemas de segurança, com a polícia, as autoridades e a situação geral que temos lá no Rio, não sei não...

Espero sinceramente que eu esteja enganado, mas acho que esse show vai dar uma merda que vai fazer os Stones esquecerem Altamont (aquele festival, em 1969, em que os seguranças espancaram um sujeito na platéia até matar, enquanto o Mick Jagger se esgoelava pedindo para eles pararem).