Livros e Jovens
Leio no “Folhateen” um leitor afirmar que os jovens não se interessam por livros de autores como Machado de Assis e outros porque sua linguagem é “antiga” ou “difícil”.
Se formos seguir esse raciocínio, toda a literatura do mundo está condenada. A língua é viva, evolui com o tempo. Mesmo autores “atuais”, como o Veríssimo ou Rubem Fonseca, daqui a 50 anos vão soar “velhos” para nossos filhos ou netos. Irão perder o valor por causa disso?
A mágica da leitura é justamente sua capacidade de nos transportar para longe, no tempo e no espaço. Quando lemos um livro antigo, só precisamos nos deixar levar para a época e o ambiente em que foi escrito. Se for literatura da boa, os temas, conflitos e personagens vão permanecer atuais e capazes de nos acrescentar alguma coisa. Pode apostar.
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Agora, o que talvez afaste os jovens da leitura seja a própria escola, que comete erros como mandar a meninada adolescente ler (e entender!) o “Grande Sertão: Veredas”. Cada livro tem o tempo e a idade certa para ser lido. Forçar uma leitura dessas só vai ajudar o moleque a nunca mais querer ver um livro clássico pela frente.
Quando eu estava no primário, 1978 mais ou menos, existia uma coleção chamada “Para Gostar de Ler”. Eram coletâneas de pouco mais de 100 páginas, com contos e crônicas de Fernando Sabino, Rubem Braga, Carlos Drummond de Andrade. Nenhum conto tinha mais de três páginas, e alguns deles traziam ilustrações. Será que não fazem mais coisas assim?
Agora, o que talvez afaste os jovens da leitura seja a própria escola, que comete erros como mandar a meninada adolescente ler (e entender!) o “Grande Sertão: Veredas”. Cada livro tem o tempo e a idade certa para ser lido. Forçar uma leitura dessas só vai ajudar o moleque a nunca mais querer ver um livro clássico pela frente.
Quando eu estava no primário, 1978 mais ou menos, existia uma coleção chamada “Para Gostar de Ler”. Eram coletâneas de pouco mais de 100 páginas, com contos e crônicas de Fernando Sabino, Rubem Braga, Carlos Drummond de Andrade. Nenhum conto tinha mais de três páginas, e alguns deles traziam ilustrações. Será que não fazem mais coisas assim?
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Falando nisso, saiu na “Gazeta Mercantil”: o faturamento da indústria e comércio de livros, no Brasil, praticamente dobrou entre 1994 e 2003. O número de livros vendidos nas livrarias, no entanto, variou muito pouco. Como pode? A matéria, de página inteira, não explicava. Mas tenho um palpite: é porque os livros estão cada vez mais caros. Não se vê nenhum bom lançamento por menos de R$ 40,00! Em vez de investir na formação de leitores, as editoras preferem arrancar mais dinheiro dos poucos que lêem, fazendo edições cada vez mais luxuosas e caras.
Falando nisso, saiu na “Gazeta Mercantil”: o faturamento da indústria e comércio de livros, no Brasil, praticamente dobrou entre 1994 e 2003. O número de livros vendidos nas livrarias, no entanto, variou muito pouco. Como pode? A matéria, de página inteira, não explicava. Mas tenho um palpite: é porque os livros estão cada vez mais caros. Não se vê nenhum bom lançamento por menos de R$ 40,00! Em vez de investir na formação de leitores, as editoras preferem arrancar mais dinheiro dos poucos que lêem, fazendo edições cada vez mais luxuosas e caras.
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