27 junho 2005

Sem saudades

Leio no “Estadão” uma explicação interessante para a atual onda de nostalgia dos anos 80: quem era adolescente na época hoje tem mais de 35 anos e começa a ocupar posições de destaque nas empresas patrocinadoras, na mídia e na indústria de entretenimento. Daí o relançamento de discos, matérias e mais matérias sobre o assunto, shows etc. Faz sentido.

De minha parte, apesar de fazer parte da tal geração (tinha 15 anos em 1984), nunca dei muito ouvido para esse tal de rock nacional, como chamavam. As letras me soavam fracas, debilóides até, se comparadas às da geração anterior (Raul Seixas, Rita Lee), e o som perdia feio para os modelos estrangeiros que o inspiravam (U2, Clash, Police). Só lá pro final da década é que alguns compositores começaram a dar sinais de maturidade, incorporando outras influências sonoras e literárias e gerando canções como “Flores” (Titãs) e “Lanterna dos Afogados” (Paralamas). Mas aí já estávamos nos 90.

Aliás, vai ser triste quando inventarem a moda da nostalgia dos anos 90. Vamos ter de ouvir de novo É O Tchan?

2 Comments:

Blogger Arturo O.Bandini said...

Ah, bom, pensei que nos anos 80 você ouvia a música do ursinho Blau Blau

("ai Blau Blau, Blau Blau ela não me quer...")

Mas os primeiros discos do Ira são dos anos 80 e não tem letra debilóide, vai...

27 junho, 2005  
Blogger Capi said...

Tá, haviam exceções, e o Ira certamente era umaa delas...
Mas mantenho o que digo: o som era fraco se comparado aos modelos que o inspiravam (no caso do Ira, The Who e outros ingleses dos anos 60).

03 julho, 2005  

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