Vou falar de política, só um pouco
Não dá pra ficar alheio às notícias das últimas semanas. Alguns pensamentos que me ocorrem sobre o tema:
O mais triste não é ver aquilo em que acreditamos por mais de 20 anos cair por terra. Nem perceber que, de uma hora para outra, viramos órfãos políticos (votar em quem agora? Na Heloísa Helena?). Ruim mesmo é ter que agüentar o pessoal de direita falando: “Viu? Eu não disse?”.
OK, o PT no governo está se mostrando igual ou pior que seus antecessores, e tem gente por lá que merece ir pra cadeia e tudo o mais. Mas cuidado: já há quem esteja vendo esse Jefferson como se fosse um herói, o homem corajoso que teve a coragem de denunciar a corrupção... Peraí! O cara é bandido da pior espécie, só está delatando (ou caluniando, sei lá, vamos aguardar...) os outros para tentar salvar o dele. Não vamos perder o foco!
Sei que não adianta, mas como eleitor me sinto no direito de dar um recado ao Lula. Pra terminar o governo com um mínimo de moral (caso seja de fato inocente, como ainda creio), ele só tem um caminho: esquecer essa história de acordo com o PMDB; fazer uma limpa geral no Ministério e nas estatais, tirando todos aqueles que estão sob suspeita; chamar de volta figuras decentes do PT que foram se afastando desde que ele ganhou a eleição, como o Eduardo Suplicy, Fernando Gabeira e Frei Betto; sair do PT, engolir o orgulho e tentar um acordo com o PSDB.
Isso é tudo que eu tinha a dizer sobre o assunto.
.........................
Ah, lembrei de mais uma coisa. É do Ignácio de Loyola Brandão, esta semana no “Estadão”:
"Somos de uma geração cujos sonhos foram destroçados um a um. Somos pais de uma geração que está sem sonhos e sem caminhos? (...) Imaginávamos que Lula, operário, estava ali pra trazer esperança... Então, elegemos Lula. E a luz apagou. O que dizer agora aos jovens? (...) O que existe para nos manter sonhadores?"
Respondo ao Loyola com versos de Fernando Brant para a música de Milton Nascimento:
“Eu invento coisas
E não deixo de sonhar
Sonhar já é alguma coisa
É mais que não sonhar”
O mais triste não é ver aquilo em que acreditamos por mais de 20 anos cair por terra. Nem perceber que, de uma hora para outra, viramos órfãos políticos (votar em quem agora? Na Heloísa Helena?). Ruim mesmo é ter que agüentar o pessoal de direita falando: “Viu? Eu não disse?”.
OK, o PT no governo está se mostrando igual ou pior que seus antecessores, e tem gente por lá que merece ir pra cadeia e tudo o mais. Mas cuidado: já há quem esteja vendo esse Jefferson como se fosse um herói, o homem corajoso que teve a coragem de denunciar a corrupção... Peraí! O cara é bandido da pior espécie, só está delatando (ou caluniando, sei lá, vamos aguardar...) os outros para tentar salvar o dele. Não vamos perder o foco!
Sei que não adianta, mas como eleitor me sinto no direito de dar um recado ao Lula. Pra terminar o governo com um mínimo de moral (caso seja de fato inocente, como ainda creio), ele só tem um caminho: esquecer essa história de acordo com o PMDB; fazer uma limpa geral no Ministério e nas estatais, tirando todos aqueles que estão sob suspeita; chamar de volta figuras decentes do PT que foram se afastando desde que ele ganhou a eleição, como o Eduardo Suplicy, Fernando Gabeira e Frei Betto; sair do PT, engolir o orgulho e tentar um acordo com o PSDB.
Isso é tudo que eu tinha a dizer sobre o assunto.
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Ah, lembrei de mais uma coisa. É do Ignácio de Loyola Brandão, esta semana no “Estadão”:
"Somos de uma geração cujos sonhos foram destroçados um a um. Somos pais de uma geração que está sem sonhos e sem caminhos? (...) Imaginávamos que Lula, operário, estava ali pra trazer esperança... Então, elegemos Lula. E a luz apagou. O que dizer agora aos jovens? (...) O que existe para nos manter sonhadores?"
Respondo ao Loyola com versos de Fernando Brant para a música de Milton Nascimento:
“Eu invento coisas
E não deixo de sonhar
Sonhar já é alguma coisa
É mais que não sonhar”
1 Comments:
Foi a coisa mais equilibrada que eu li sobre o assunto.
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