04 setembro 2005

Atentados e furacões

Há algo de muito curioso lá naquele país que fica ao norte do México. Quando os atentados derrubaram as torres no principal centro financeiro do país, o que se via nas ruas era: tristeza, comoção, heroísmo, solidariedade. Agora que um furacão varreu a sua região de maior riqueza cultural (berço do jazz e do blues, para dizer o mínimo) só se ouve falar em saques, conflitos, estupros, ódio.
Dá a impressão de que os Estados Unidos precisam mesmo de um inimigo – comunista, islâmico ou o que for – pois se acham o povo eleito por Deus para consertar o mundo. Quando o agressor é a própria natureza, ficam perdidos sem ter a quem culpar e se atacam uns aos outros.